segunda-feira, 28 de julho de 2014



Queima de Plásticos. Comum no mercado de reciclagem, combustão é criticada por especialistas em toxicologia e compostos químicos.


Um isqueiro ou um palito de fósforo, visão atenta, olfato aguçado e pronto. Está montado o esquema para a identificação de resinas plásticas. Habitual em depósitos de reciclagem, o método consiste em queimar um pedaço de plástico a fim de reconhecer a resina por meio das características da chama, do estado do material em contato com o fogo e do odor liberado pela reação química.

O plástico é um composto químico derivado do petróleo, fruto da junção de átomos de carbono e hidrogênio, passíveis de junção com oxigênio, nitrogênio e enxofre.
Seus componentes básicos já possuem natureza tóxica que, quando queimados e inalados, podem comprometer a saúde humana.

Segundo o mestre em Toxicologia e Análises Toxicológicas, Marcus William Oliveira, o profissional é exposto a uma série de contaminantes, sendo o principal deles a dioxina, que é gerada a partir da combustão de materiais com cloro. “É cientificamente comprovado como composto carcinogênico”.

Como identificar os tipos de polímeros sem a necessidade da queima do produto?


Grandes fabricantes do mercado desenvolveram equipamentos que possibilitam a identificação precisa dos tipos de polímeros. A Thermo Scientific desenvolveu o microPhazir PC , tornando possível identificar os tipos de polímeros sem a necessidade de queima do produto e sem danificá-la pois o microphazir PC não danifica a resina. Essa característica torna o equipamento uma ferramenta útil também nos departamentos de inspeção de recebimento de materiais plásticos.

Em apenas três segundos (mais rápido que a chama), o depósito pode saber qual tipo de plástico tem em mãos com um importante detalhe: sem comprometer a saúde dos funcionários. O microphazir PC é capaz de analisar mais de 30 tipos de resinas pré-cadastradas no sistema, ou mostrar um percentual da resina predominante. A partir dessas informações, a empresa consegue ter mais praticidade na análise, além de conseguir criar um banco de dados para futuras pesquisas.

Essa situação vivida pelo setor de reciclagem de plástico no Brasil assemelha-se ao setor de sucata não ferrosa. Durante muito tempo, o serviço de análise de metais não ferrosos estava totalmente voltado para as fundições. A partir do momento que os depósitos passaram a investir em analisadores de ligas (espectrômetros) o serviço foi transferido. Assim, os depósitos ganharam mais qualidade, agilidade e poder de negociação. Resta saber agora quanto tempo levará para os aparistas de plástico no Brasil seguirem o mesmo caminho. Além de melhorarem o processo produtivo, as empresas preservarão o principal patrimônio da empresa: seus funcionários.



Texto adaptado da Revista Reciclagem Moderna - Edição 41 - Jav/Fev 2014 

terça-feira, 1 de julho de 2014

Qual seria o instrumento ideal para a análise de óleo lubrificante em motores de navio? 




Em estudo comparativo, foram selecionados instrumentos analíticos para a análise de óleo Lubrificante e comparou Contagem Automática de Partículas x Análise de Sedimentação - método IP 316.


Na manutenção industrial pró-ativa, o controle do Sistema de lubrificação é feito verificando a limpeza do líquido em operação. Um alto grau de contaminação indica uma deterioração significativa do sistema operacional, normalmente devido à abrasão. A análise do lubrificante ajuda a detectar partículas abrasivas e identificar a falha no motor do navio.

A análise da contaminação em fluídos pode ser feita através de muitos métodos. Para responder a questão de qual é o melhor instrumento para esta análise, o instituto E.U.I.T.I. (Escola Universitaria Engenheiros Técnicos Industriais) da Universidade do País Basco comparou o método de análise segundo a norma IP 316 com o método de Contagem de Partículas Automático.

Para comparar a eficiência dos dois métodos, a UPV analisou duas amostras de fluidos distintos de maneira sucessiva no Contador de Partículas Automático PAMAS e na centrífuga a disco. O primeiro lote de amostras consistiu em óleos lubrificantes de carters de motores de navios (tipo “crosshead”) após 1.800 horas de operação. A segunda amostra era 5% de areia adicionada a primeira amostra. Ambas amostras foram diluídas com Hexano (fator diluição: 1:200) antes da medição. As amostras foram lidas três vezes com amostragem de 10 ml em cada medição. A média das três leituras foi usada para a análise/resultado.

O estudo mostrou que a centrífuga de disco (IP 316) não fornece resultados de medição confiáveis. A amostra 1 e a de alta contaminação 2, as duas foram declaradas como sendo líquidos de funcionamento admissível. O percentual de partículas insolúveis de 1,5 % não foi excedido em nenhuma das amostras.

A comparação com os resultados do Contador de Partículas Automático PAMAS mostrou claramente o grau real de contaminação das duas amostras e seguramente provou que a centrífuga a disco forneceu medições falsas: Ao contrário da centrífuga a disco, o Contador Automático fornece resultados precisos e reprodutivos nas duas amostras. O alto grau de contaminação da amostra 2 foi demonstrada nestes resultados. O Contador Automático também foi capaz de medir os grãos de areia contidos na amostra 2. 




Caros Leitores, quem estiver interessado em informações adicionais deste estudo,pode solicitar a documentação detalhada através do e-mail: marketing@polimate.com.br